sexta-feira, 31 de maio de 2013

Inovação Médica: A tomografia por emissão de positrões

A tomografia por emissão de positrões
A tomografia por emissão de positrões também conhecida pela sigla TEP , é um exame imagiológico da medicina nuclear que utiliza radionuclídeos que emitem um positrão no momento da sua desintegração, o qual é detectado para formar as imagens do exame. Distingue-se dos outros métodos de diagnóstico de Medicina Nuclear pela utilização de radiofármacos emissores de positrões, que marcam moléculas presentes em processos fisiológicos
Utiliza-se glicose ligada a um elemento radioactivo (normalmente flúor radioactivo) e injecta-se no paciente. As regiões que estão metabolizando essa glicose em excesso, tais como tumores ou regiões do cérebro em intensa actividade aparecerão em vermelho na imagem criada pelo computador. 
Um exemplo de um grande utilizador de glicose é o músculo cardíaco - miocárdio.
Um computador produz uma imagem tridimensional da área, revelando quão activamente as diferentes regiões do miocárdio estão utilizando o nutriente marcado. A tomografia por emissão de positrões produz imagens mais nítidas que os demais estudos de medicina nuclear.
A TEP é um método de obter imagens que informam acerca do estado funcional dos órgãos e não tanto do seu estado morfológico como as técnicas da radiologia propriamente dita.

A TEP pode ser usada para avaliar as seguintes doenças:
  • Cancro — A tomografia por emissão de positrões pode ser usada para detectar vários tipos de cancro, para determinar a sua disseminação e para avaliar a eficácia dos tratamentos instituídos para o erradicar. Este exame é utilizado mais frequentemente em doentes com cancro do pulmão, cancro colorrectal, linfomas, melanoma maligno e cancro da mama.
  • Doenças cerebrais — A TEP pode ser utilizada para avaliar doenças neurológicas, como a epilepsia e a doença de Alzheimer, bem como outras demências.
  • Doenças cardíacas — A TEP pode contribuir para avaliar o funcionamento do músculo cardíaco nos indivíduos com doença coronária ou com cardiomiopatia.
Os sistemas alvo desta inovação são o sistema neuro-hormonal, e o cardiovascular.

Contributo da TEP para a qualidade de vida individual e comunitária
Hoje em dia é frequente a combinação dos exames PET e TAC do mesmo órgão. Existem equipamentos que permitem efectuar ambos os exames simultaneamente, inventados por David Townsend e Ron Nutt.
O exame de PET é uma técnica intensiva apenas praticada nos hospitais centrais.
 
Estudos realizados nos Estados Unidos, em 1994, demonstraram que, mesmo sendo um exame caro, o exame PET é vantajoso quando incluído nos protocolos para diagnósticos de diversas enfermidades, principalmente em oncologia. Como pode substituir vários outros exames, o PET ao final se torna mais barato. Além de ser uma das mais modernas e eficazes técnicas de diagnóstico por imagem, seu custo-benefício pode ser também salientado quando evita processos invasivos, como biópsias, eliminando assim os riscos inerentes a estes procedimentos.



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